Futebol: Benfica: o mais tardio, mas o que mais estrangeiros tem tido recentemente
Na reportagem levada a cabo pela A Bola TV sobre os estrangeiros em Portugal, o Benfica é o que apresenta a linha mais íngreme do gráfico, por se tratar de um clube resistente durante décadas à utilização de jogadores que não tivessem identidade portuguesa.
O primeiro só apareceu em 1979. Jorge Gomes, avançado brasileiro, foi o primeiro vindo de fora a vestir a camisola das águias (num 5x1 ao Vitória de Setúbal), clube que até então se orgulhava de resistir à tendência crescente e cada vez mais inevitável de ir para lá da fronteira buscar jogadores.
Porém, desde então o clube encarnado cresceu de forma vincada nesta vertente, chegando ao novo milénio como a formação que mais estrangeiros utiliza, em média, no onze.
É nesse período que se situam os seus jogadores com mais jogos (Luisão), títulos (Luisão) e golos (Cardozo), eles que jogaram várias épocas com Jorge Jesus, o treinador da década 10 do século XXI. A época mais acentuada é a de 2011/12, quando foram utilizados, em média, 10,31 estrangeiros por onze, numa equipa em que a base eram: Artur, Maxi, Luisão, Garay, Emerson, Javi García, Witsel, Gaitán, Bruno César, Aimar e Cardozo - Nélson Oliveira foi o português mais utilizado, surgindo em 18.º lugar no plantel desa época.
O último jogo das águias, em todas as competições, com um onze totalmente português foi na época de 1984/85, distam já quase 30 anos. Em março de 1985 frente ao Cova da Piedade, para a Taça de Portugal, num 4x0 com dois de Nené. Um onze que pode consultar em baixo.
No novo milénio, a tendência tem sido, como demonstra o gráfico, de grande maioria de jogadores estrangeiros no onze. Contudo, foi no final da época passada que o Benfica utilizou pela última vez em jogos oficiais um onze maioritariamente português: no Dragão, já campeão, na derrota contra o FC Porto (2x1) jogaram seis portugueses de início, um recorde no campeonato para Jorge Jesus ao serviço das águias.