Futebol: Maxi Pereira em alta rotação para semana importante
Entre minutos oficiais no clube e na seleção, nenhum jogador do Benfica carrega tantos nas pernas como o defesa uruguaio, já com provas bastante explícitas de que resistência é uma das suas bandeiras desde que chegou a Portugal, em 2007.
Na altura, até começou por agarrar a titularidade a médio direito, intercalando com a zona central, mas, com Jorge Jesus, posicionou-se definitivamente na lateral direita, que tem sido totalmente sua desde que o treinador encarnado chegou de Braga, em 2009.
Com mais de 300 jogos pelo Benfica em sete temporadas, a que fez menos partidas foi a primeira (36), com quase todas a registarem mais de 40 jogos do uruguaio, o que exemplifica na perfeição o seu rótulo de imprescindível, isto num jogador que reúne também enorme carinho e apreço por parte do Terceiro Anel.
Recentemente, ao receber a Bota de Ouro referente a 2013/2014, Luis Suárez foi claro nos elogios, ao falar do empenho de Maxi Pereira, «dos melhores seres humanos» que o avançado conheceu, segundo palavras do próprio. Um dado esclarecedor da alma do 14 encarnado, inesgotável no empenho que vai demonstrando ano após ano.
Esta época, o Benfica tem 13 partidas oficiais realizadas e não há totalistas até ao momento, muito por causa da partida na Covilhã, para a Taça de Portugal, onde Jorge Jesus poupou a grande maioria dos habituais titulares - Maxi Pereira incluído, com André Almeida a jogar na sua posição.
Exceptuando essa partida, é Luisão (1110 minutos) quem comanda nos números de utilização, estando na totalidade dos restantes jogos. Seguem-se Eduardo Salvio (1096), Eliseu (1085) e Maxi Pereira (1065), ele que foi relegado para o banco em Leverkusen - novamente André Almeida no lugar - mas que foi lançado logo no regresso dos balneários, perante o mau resultado e as várias falhas (Cristance cedeu o seu lugar e o português passou para o miolo).
Porém, há a somar a estes números os da seleção, onde Maxi Pereira, perto das 100 internacionalizações, esteve nos quatro jogos particulares esta época, sempre como titular, num total de 324 minutos em 360 possíveis, o que catapulta o uruguaio para o topo dos que mais minutos têm em 2014/2015 no plantel encarnado.
Ainda assim, não se vislumbram poupanças. A menos que haja algum imprevisto de ordem física, deverá ser titular contra o Rio Ave na próxima sexta-feira, mas também deve alinhar de início frente ao Monaco e, depois, na Choupana diante do Nacional, numa semana onde a pressão é acrescida, depois da derrota em Braga, com o primeiro lugar mais ameaçado, e sabendo também que a vitória na Liga dos Campeões é vital para a águia continuar a acalentar esperanças na prova.