Motores: Rali Dakar: Emídio Guerreiro sonha com vitória lusa no Dakar
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto despediu-se hoje dos pilotos portugueses que vão participar no rali Dakar e na Africa Eco Race, desejando que 2015 seja o ano de uma vitória no Dakar.
"Seria ótimo [ver um português a ganhar], mas não podemos exigir isso. Podemos desejar isso. Todos desejamos que - quer numa quer noutra prova - estejam ao mais alto nível. Esperemos que este ano corra melhor do que ano passado, em que houve um conjunto de infortúnios que atingiu os nossos pilotos. Que isso não aconteça, para que eles possam expor todo o seu potencial e que 2015 seja o ano de uma vitória no Dakar", considerou Emídio Guerreiro.
O secretário de Estado falava à margem de uma receção a alguns dos 11 pilotos (de motas, carros e camiões) que vão participar nas duas provas de todo-o-terreno.
"É muito importante ter um conjunto de embaixadores em duas das competições mais mediáticas que existem no Mundo. São uns heróis dos tempos modernos", disse Emídio Guerreiro, salientando que a receção aos pilotos "tem um pendor simbólico" e mostra que "o país está identificado com eles e deseja-lhes as maiores felicidades".
Presentes na cerimónia estiveram os "motards" Rúben Faria (KTM), Paulo Gonçalves (Honda) e Mário Patrão (Suzuki), que vão participar no Dakar 2015, que arranca a 05 de janeiro e passará - ao longo de 15 dias - pela Argentina, Chile e Bolívia.
Rúben Faria - que no ano passado abandonou à terceira etapa após uma queda - revelou que vai participar no Dakar ainda a recuperar de uma fratura na clavícula (contraída em novembro).
"É o segundo ano consecutivo que vou com uma lesão. Não foi escolha minha, aconteceu. […] Passei mais tempo na sala de operações e na recuperação, mas felizmente o médico deu-me "nota positiva" na clavícula para participar. Estou a fazer um esforço e a treinar o máximo possível para o Dakar", disse o piloto da KTM.
Já o vice-campeão do Mundo de Todo-o-Terreno em motas, Paulo Gonçalves (Honda), considerou que o seu "maior inimigo" no Dakar tem sido "a pressa", que o leva a gerir menos bem os 15 dias de prova. Em 2014, Gonçalves abandonou à quinta etapa, quando a sua Honda se incendiou.
"A grande dificuldade para mim tem sido fazer a gestão desses 15 dias de corrida, de uma forma regular, que me permita alcançar um bom resultado no final. No Dakar, o meu grande inimigo tem sido a pressa", sublinhou.
Também presente esteve o piloto Ricardo Leal dos Santos (Nissan), que vai competir no Dakar na categoria dos automóveis.
Quanto aos participantes na Africa Eco Race, a piloto Elisabete Jacinto (que vai competir num camião MAN) destacou as dificuldades que sentiu para conseguir reunir apoios que lhe permitissem disputar a edição deste ano. A piloto - que em 2014 ficou em terceiro na categoria dos camiões - referiu que vai entrar na corrida com uma nova e mais leve caixa de carga no veículo, o que lhe permitirá melhorar a condução.